HAPPY HOUR
Adoro essa palavra! Ela tem origem inglesa e lá na terra dos Beatles é usada para definir o período do dia em que os bares e restaurantes diminuem o preço das bebidas. A título de conhecimento e de cultura de buteco, a origem da palavra “ bar” também é inglesa e significa barra; aquela em que se apoia os pés no balcão.
Aqui em terras Brasucas é o nosso momento mágico das sextas feiras. “Aquela hora” gostosa depois do trabalho e da canseira. Esperamos a semana toda essa hora chegar. Já virou um compromisso juramentado e até esse digníssimo BLOG.
Entre as várias versões de Happy Hours tem aquela programada onde você pesquisa a semana toda onde vai ser..... Tem o improvisado, quando um amigo te liga de surpresa e começa a chorar no telefone antes de dizer boa tarde e no final já está te contando resumidamente tudo o que rolou com ele de trágico, mas faz questão de encontrar pra contar tudo pessoalmente nos mínimos detalhes....Tem aquele outro de turma de faculdade que vai se reencontrar depois de alguns anos....(quebrando o encanto...rs..rs..) Programam para as 19h mas que só vai rolar lá pelas 21h quando você já não agüenta mais esperar...afinal de contas era pra ser Happy Hour.....e não noitada, pois a idade vai chegando e só damos conta desse tipo de programa.....quer dizer...Falo de mim e da maioria das pessoas que já passaram dos 30...
Ainda bem que BH é a cidade dos bares e que existem os tais butecões que funcionam 24h ou pelo menos que abrem antes das 18h.
Podem nos chamar de preguiçosas, de coroas, de caretas, do que quiserem, mas venho aqui defender esses bares que abrem para o Happy Hour e também fecham mais ou menos cedo. Esses são democráticos. Os outros que só abrem depois das 20h são apenas para os quem aguentam ficar em pé depois da 8º cerveja ou da 5º caipivodka. São os resistentes que tem menos de 25 anos. Sem preconceito e sem inveja deles (mentira...rs....). Esse lance de chegar em casa, tomar banho e se produzir para “distribuir currículo” mais tarde não rola. Se voltar pra casa, Adeus ! Pra nos tirar de lá só para velório ou hospital.....rs....
E olhem que sem bobear, contando da hora que a gente chega ao bar até a hora de ir embora, são 7h enchendo o caneco, conversando fiado e beliscando....quando assustamos já é 1 hora da manhã....até que estamos agüentando bastante...rs...rs...
Defendo aqui o nosso lado de “coroas”, pois no final das contas somos uma freguesia mais rentável para um dono de bar do que os zumbis das madrugadas. Acho que consumimos mais. Sem preconceito com os madrugadores..... Não ligo mais para aqueles que franzem a cara pra gente que sai as 17h.....pois não tem coisa mais gostosa do que sentar num bar ao entardecer, tomar aquela cervejinha gelada e saber que no mais tardar a meia noite, a cinderela vai estar na cama....um pouco tontinha.... mas ta valendo!!!
Cacá Ramos- 22/09/2011
BH e as proibições
“População convive com teatro sem pipoca, Carnaval sem rua, passeio sem mesa de bar.”
Fiquei aborrecida outro dia quando li uma reportagem no Estado de Minas com os dizeres acima, mas tive que concordar plenamente.
Nas duas últimas décadas tivemos que conviver e muito com as proibições. As leis aprovadas pela Câmara Municipal e sancionadas pelos prefeitos desde Eduardo Azeredo a Marcio Lacerda foram taxativas e bem rígidas. Temos que conviver numa cidade sem mesas de bares e restaurantes nas calçadas, pois só é permitido depois das 18h. Sem pipoqueiros na porta dos teatros e cinemas. Só encontramos eventualmente aqueles que se arriscam enfrentando as leis. Agora pretendem retirar da Avenida Afonso Pena a Feira de Artesanato e das calçadas do boêmio e delicioso Bairro Santa Tereza (onde peregrinamos mais ou menos umas quatro sextas-feiras e pretendemos voltar), mesas de todo e qualquer bar, já que os passeios são estreitos demais. Apesar das duas medidas enfrentarem resistência de comerciantes e associações de moradores, já sabemos o final dessa estória triste.
Uma das primeiras proibições foi o desfile de Carnaval na Avenida Afonso Pena. A própria Banda Mole foi vítima de proibição, depois de uma série de incidentes em 2003 quando a Polícia Militar acabou usando de truculência para conter foliões que subiam a Rua da Bahia. O Carnabelô, que depois de cinco anos foi transferido do Centro de BH para o Mineirão e depois para o Megaspace, em Santa Luzia. O centro de BH realmente não é um lugar para comemorações, sejam elas grandes ou simplesmente ocasionais. Tirando algumas poucas exceções, os bares do hiper-centro são bem precários, escuros e quase improvisados. Na sua grande maioria bem ruins.
Uma mulher em 2008, depois de se deitar para tomar banho de sol na então recém-reformada Praça Raul Soares, hábito comum em parques nos países europeus, Estados Unidos e em algumas cidades da América Latina foi enquadrada na Lei Federal 9.609, de 1998, cujo artigo 49 prevê punição de um a seis meses de prisão ou multa a quem prejudicar ou danificar planta ornamental em logradouro público. O curioso segundo ela, é que os mendigos e os bêbados podem dormir na grama sem problemas, e as madames que passeiam com seus cachorrinhos deixam o cocô na via pública sem serem incomodadas. Atitude meio questionável dessa mulher, mas como tem gosto pra tudo.... Será que precisava tanto?
O que mais me incomoda de fato, além de não poder tomar uma cervejinha ao ar livre antes das 18h é a falta de música. Não defendo a baderna indiscriminada de todos os bares, mas uma lei menos rígida que privilegiasse o bom senso. Basta ver como funciona em outras metrópoles por esse mundo afora.
As desculpas são sempre as mesmas: o barulho, a sujeira e o incômodo aos moradores dos bairros residenciais. E quando alguém vem de fora e chama BH de roça, ficamos indignados!
Amo muito essa cidade que me recebeu de braços abertos. Uma cidade muito acolhedora, mas que tem que repensar suas proibições. Na classificação de BH como cidade dos bares, como é conhecida por esse Brasil afora, deveriam acrescentar “hoje em dia dos bares fechados e sem música”. ]
Deixo aqui o meu protesto. E apesar de não ser como desejamos, vamos improvisando e cambaleando, por aí.
“Como não temos mar, vamos pro Bar”.
Cacá Ramos- 01/09/2011
SÓ COMEÇANDO
Bar, barzinho, buteco, butecão, copo sujo, biboca, butiquim, birosca (essa é carioca) e tem mais.....muito mais.....
Podem chamar do que quiser, não faz diferença, o que conta mesmo é ter a cervejinha bem gelada, um garçom gente boa, um banheiro limpinho e um petisco gostoso...
Independente do que você procura num bar, essas “pequenas coisinhas” são essenciais. Quer beber? Então beba direito.....
Eu particularmente espero um pouco mais de um bar, como uma música legal, uma cadeira confortável (porque afinal, vão ser no mínimo 3h sentada....), um preço razoável e uma mesa sempre limpa....
Para alguns, o bar legal é aquele sempre lotado, que sobra gente na calçada, na rua, bebendo em pé e geralmente com um som bem alto. Será ? Depende do que você procura....
Qualquer bar novo num bairro legal com gente bonita fica lotado durante os primeiros meses e vai diminuindo o fluxo à medida em que vira lugar comum. Nesses bares, sempre tem pessoas que ficam bebendo em pé na calçada ou na rua, mas se você voltar dali a meia hora eles já saíram e foram bater asas em outro canto. Ninguém fica muito tempo em pé no mesmo lugar confortavelmente, mesmo que queira...isso é fato. E aquele som bem alto, vai trazer dor de cabeça ...principalmente em BH.
Para quem quer só paquerar e ficar na azaração essa é uma boa pedida.....
E o bar copo sujo? Dizem que só tem bebum e muita sujeira.... Será? Com certeza existem alguns assim mesmo, mas são a minoria. Os copos sujos do interior são os melhores. Já frequentei alguns muito bacanas, com umas comidinhas deliciosas e aquela camaradagem de sempre. Mas se o que você procura é um pouco de glamour...melhor não ir.
Cada um na sua...A diversidade é grande e o que não faltam são opções de escolha. A variedade é a diferença de BH...
Pelo menos uma vez na semana estaremos aqui jogando conversa fora e falando de lugares legais ou diferentes pra irmos, entre outras coisas.
Em homenagem a uma boa conversa, contando algumas mentirinhas de buteco, lógico, com muito bom humor, e muita sede......
Duas dicas: Fiquem de olho nas pegadinhas....alguns lugares prometem mais do que cumprem.
E não vá apenas uma vez num barzinho. Não é o suficiente. Às vezes não estamos num dia legal, ou o garçom é que não está.....Volte...pode ser que sua opinião mude.....
CACÁ RAMOS
04/08/2011
http://www.cursodedesenho.com.br/04/08/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário